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Diagnóstico indefinido

           A notícia de ter um filho é motivo de alegria entre as famílias. Os futuros papais e mamães começam a imaginar como será o bebê. Talvez o maior desejo de todos é que a criança tenha saúde, mas nem sempre é exatamente isso que acontece. Durante os nove messes de gestão, problemas podem surgir na gravides.

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         Foi isso que aconteceu com Joseilda Sousa dos Santos, ou Nina Sousa como gosta de ser chamada.  Ao nascer, ela foi diagnosticada com Osteogênese imperfeita, popularmente conhecida “doença dos ossos de vidro”, essa é uma síndrome rara que se caracteriza pela fragilidade dos ossos que quebram com facilidade.

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         Com auxilio de medicações e cuidado extremo os sintomas da doença podem ser minimizados, porém, ainda não existe cura. Nina agora com 34 anos, afirma que quando era mais jovem sofria bastante com a doença “Até os 15 anos tive aproximadamente 100 fraturas, mas aprendi a conviver com o problema”.

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         Nina Sousa é a prova que realmente o corpo não tem limites, aos 31 anos de idade ela resolveu fazer dança com amigas e acabou descobrindo que podia ser livre para fazer o que quiser. “A dança mostrou que sou capaz e abriu as portas para a liberdade, a magia da dança me faz sentir livre, sem limitação”.

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         A dançarina conta que no inicio não tinha dinheiro para comprar uma cadeira de rodas e andava em um triciclo adaptado. “Com a ajuda dos amigos da dança, consegui comprar minha cadeira de rodas, precisei aprender a andar com ela e só depois me aprimorei na dança com a cadeira de rodas”.

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        A partir desse momento, Nina começou a praticar a dança esportiva que é considerada a dança de salão para pessoas que tem limitações físicas. Foi na dança esportiva que ela conheceu seu marido, Rogério Silva.  Eles participam da modalidade conhecida como “Combi”, na qual, um parceiro consegue andar e o outro não. O casal já se apresentou em vários festivais e atualmente são bicampeões brasileiros de dança esportiva.

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       Outro ponto destacado por Nina Sousa é o apoio da família “Muitas pessoas desistem dos seus filhos quando percebem que eles nasceram com alguma deficiência, mas meus pais me deram força para seguir em frente, eles fizeram de tudo para que eu pudesse fazer os tratamentos necessários”. E assim essas pessoas se tornam inspirações de vida. Um diagnostico não pode ser definitivo na vida de alguém, uma possível limitação não diminui a vontade de viver.

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